sexta-feira, 2 de agosto de 2013

O LIBERALISMO E O AUTO-DESIGNADO "ARCO DO PODER"



Muitos acreditam, mesmo na área do Partido Socialista, que o papel do Estado deverá ser diminuto  nas reformas e pensões, no ensino, na economia e na informação. 
Não é por acaso, que assistimos, no PS, a tantas hesitações na contestação ao governo Passos & Portas e falta de convicção no pedido de eleições antecipadas. Há medidas a tomar que não  convém, ao socialistas, serem eles a assumir.
As oposições contestam certas reformas, determinada legislação, mas depois das eleições, não alteram nada. Tudo se passa como se não tivessem criticado determinadas políticas.
No fundo, o neoliberalismo com a redução do Estado Social e o primado dos mercados, está no PSD e no CDS, mas também em setores do PS.
Mas a que assistimos hoje depois do Estado se ter demitido dos sectores estruturantes da sociedade
  1.  o ensino privado tornou-se num negócio, sem que tenha dado garantias de qualidade e seriedade académica aos portugueses,( os escândalos têm-se dado no ensino privado) .No entanto, há instituições de ensino privadas que são beneficiadas, ao limitar-se o número de turmas que podem ser abertas, nas escolas públicas. O Estado acaba por dar contrapartidas financeiras, às instituições de ensino privado, para darem resposta a uma situação que criou.
  2.  As empresas que saíram das áreas estatais como a Galp, a Brisa os as comunicações acabaram por se constituírem em monopólios, sem que os consumidores tenham alternativa, ficando reféns dos preços por estas estabelecidos. Em muitas destas empresas, gravitam antigos políticos do auto-designado "arco do poder";
  3.  Na informação,muitos que achavam ignóbil o Estado ter televisão ou rádio, constatam hoje que o último reduto contra a informação tablóide ou contra o "voyeurismo" como espetáculo, está na televisão do Estado, nomeadamente no canal 2, o canal de melhor qualidade e interesse cultural. No entanto, os sucessivos governos têm querido privatiza-lo.
  4. Na saúde, assistimos a uma fuga de doentes dos hospitais públicos para os privados, onde, por exemplo, as urgências são mais em conta. Quem paga a diferença? Os acordos são feitos pelos governos mas é o contribuinte quem paga. E se o contribuinte paga, deveria ser em benefício do Sistema Nacional de  Saúde.
 O Estado deve poder regular a economia e saber intervir com justiça sob a  fiscalização dos partidos e das instituições. É isso a democracia.

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