sexta-feira, 1 de novembro de 2013

EMERGÊNCIA SOCIAL - BAIRRO DO LAGARTEIRO

 

As imagens de ontem sobre o desespero de muitas famílias do Bairro do lagarteiro, Porto, quando confrontadas com o corte de energia elétrica, mostra-nos que Portugal está a caminhar para um país de excluídos.
Não contesto que há situações de fraude, de famílias que não priorizam as suas despesas mas também há muitas famílias a viver uma situação de emergência social.
Avós, pais que com a sua parca reforma têm de sustentar mais bocas, os filhos, os netos,... famílias que têm de optar entre comprar comida ou pagar a eletricidade e a água.
Ficou-me na retina aquela avó desesperada por não ter eletricidade quando as suas netas de tenra idade chegassem da escola e que apenas pôde comprar pão porque ao dirigir-se à Junta de Freguesia alguém lhe deu cinco euros.
É um retorno de Portugal aos anos 60.
Estamos num país onde se governa sem humanismo, sem preocupações sociais.
Nao é de caridade que estas famílias precisam.
É de oportunidade de voltarem a ser gente e de andarem, na rua e perante os seus filhos, de cabeça erguida. 
É, por isso, que não consigo escrever uma linha sem criticar o governo e a hipocrisia de Paulo Portas e restantes membros do Governo.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

REFORMA DO ESTADO - HALLOWEEN ANTECIPADO


A Reforma do estado há tanto esperada é um conjunto de intenções que embrulhadas em papel de bons princípios de gestão, mais não são do que a continuidade da austeridade, da destruição do Estado Social e do favorecimento das grandes empresas do setor financeiro, da saúde  e do ensino.
Por outro lado, são medidas de intenção a implementar após as próximas legislativas.

Outras são disparatas, como a dos professores, gestores e administradores de escolas, uma proposta inconsequente que mais não visa que iludir os portugueses e justificar a entrega do ensino ao setor privado.
E quanto ao plafonamento das pensões e reformas que teóricamente se compreende mas que não será fácil de aplicar e de ser confiável com um setor financeiro debilitado como o português. Não somos a Suiça.
E além disso atirado para , quando o crescimentoeconómico  se situar nos 2%.
Mais uma vez, Portas tenta iludir os portugueses com aquele ar seráfico e de falsa honestidade moral e intelectual.


terça-feira, 29 de outubro de 2013

LIMITE DE ANIMAIS POR HABITAÇÃO


 
 
 O título parece uma brincadeira?
Não é!
"O Ministério da Agricultura prepara-se para fazer aprovar um diploma legal sobre animais de companhia em que limita a dois o número de cães permitidos por apartamento. No caso dos gatos, o número sobe para quatro por habitação, a não ser que haja um quintal ou que os bichos morem numa quinta.
A proposta atualiza o Código dos Animais de Companhia em vigor, que prevê que não possam estar mais de três cães num apartamento, mas faz outras alterações, segundo o "Público". Bastará apresentar queixa para a respetiva câmara ter o dever de retirar do apartamentos animais em excesso."
in Diário de Notícias

Esta medida a entrar em vigor é de natureza fascizante e confunde excesso de animais com condições de higiéne.
Posso ter quatro cães e o apartamento reunir as condições de higiéne para nela se habitar bem como poderei ter um gato e o apartamento ter falta de higiéne.
Além disso, temos a valorização da denúncia, acto dos mais abjetos no comportamento cívico de um cidadão.
 

domingo, 27 de outubro de 2013

NÃO HÁ BECOS SEM SAÍDA


Milhares e milhares de portugueses sairam à rua numa  manifestão de repulsa para com as continuadas política de austeridade e que não têm em conta os interesses económicos e sociais de Portugal.
Um governo sem programa e sem plano de ação que atua e legisla às cegas, de acordo com as necessidades impostas pela troika de cortes sucessivos na despesa pública.
E para quê?
Os brutais cortes salariais e nas pensões e no estado social irão resultar num défice público, de acordo com as previsões, práticamente igual ao de 2012.

É mais um indicador da ineficácia desta política de empobrecimento e desmantelamento dos serviços públicos.