sexta-feira, 4 de outubro de 2013

AUTÁRQUICAS: A FINTA DO ZÉ



José Luís Vaz era Presidente da Junta de Freguesia de Ferreira de Aves.
De acordo com a lei da limitação de mandatos, não se podia recandidatar.
Mas a paixão pela política e pela sua freguesia levou-o a contornar a Lei, como é fácil contornar a lei em Portugal...
Por amor, a mulher, Luísa Figueiredo aceita a proposta do marido.
É cabeça de lista e, por conseguinte, candidadta a Presidente da Junta.
Mas, nos cartazes quem aparece em foto gigante? O marido Zé, o segundo nome das lista.
Zé descobriu que não poderia candidatar-se a Presidente da Junta, mas, na lei, nada o impedia de ser o vice-presidente.
O povo também gosta do Zé.
Não se importou com esta falta de ética.
Os outros candidatos quando se aperceberam era tarde....
No final do dia, a lista de Luísa vencia as eleições com 72% dos votos.
E o Zé Luís era Presidente da Junta, após renuncia ao carga por parte da sua amada.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

AUTÁRQUICAS: ISALTINO VITORIOSO EM OEIRAS


A vitória de Paulo Vistas, candidato do Movimento Isaltino, não foi mais que a vitória de Isaltino de Morais.
Reconhecido, Paulo Vistas endereçou as primeiras palavras para um reconhecimento do trabalho desenvolvido por Isaltino à frente da Câmara de Oeiras durante 30 anos.
Seguiram-se cânticos não de "Oeiras! Oeiras!" ou "Vistas! Vistas!", mas sim de "Isaltino".
No boletim de voto, o símbolo do Movimento era um "I" de Isaltino.
Uma caravana de automóveis deslocou-se para a prisão da Carregueira fazer a festa da vitória e mais uma vez o cântico era "Isaltino".
No interior da prisão, Isaltino ,o herói, era aclamado pelos restantes reclusos.
e Isaltino festejava lançando jornais a arder pela janela da sua cela.
Relembre-se que este herói das gentes de Oeiras, foi condenado a pena de prisão e perda de mandato por fraude fiscal, abuso de poder e corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais.
Para as gentes de Oeiras, aquele que foi considerado o melhor autarca português, continua a ser o seu presidente.
Dizem "Roubou? Todos  roubam, mas ele faz obra"

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UM OLHAR SOBRE AS ELEIÇÕES


As eleições autáquicas 2013 marcam o início da emancipação política dos portugueses em relação aos partidos políticos dominantes.
Em muitos concelhos e freguesias, movimentos de cidadãos descontentes com com as propostas dos partidos organizaram-se e apresentaram-se a sufrágio.

E conseguiram vencer as oleadas máquinas partidárias em concelhos importantes como Porto, Oeiras e Matosinhos. Ao todo, os independentes conquistaram 14 câmaras.
O Partido Socialista é o partido com mais câmaras e mais votos mas, a perda de câmaras para a CDU, em Évora, Beja, Loures e no distrito de Setúbal e em Matosinhos (para um independente), bastião socialista, zonas em que as populações estão muito causticadas com o desemprego e com uma acentuada degradação das condições de vida, é merecedora de uma reflexão.
A mensagem dos socialistas não passa e as eleições, em 2015, não estão ganhas.
Os votos nos socialistas são mais votos contra o PSD do que votos em Seguro e no projeto socialista.
O Partido Comunista surge ressuscitado, com mais força, a um nível que nunca tinha atingido desde 1997 e ganhou roubou espaço aos socialistas.
Por fim, a Madeira.
O fim do modelo jardinista, um modelo reacionário, caciqueiro e populista.
Foi um tsunami que quase varreu, por completo, o PSD do mapa autárquico do arquipélago da Madeira.
De realçar, ainda,  a derrota dos dinaussáurios que procuraram furar a lei do limite de mandatos, candidatando-se a outro concelho e as palavras do coordenador para as autárquicas do Bloco de Esquerda sobre a perda da câmara de Salvaterra de Magos, onde Ana Maria não pôde concorrer por ter feito três mandatos, " A lei é para ser cumprida, mesmo quando nos é desfavorável"