sábado, 13 de julho de 2013

BANA -O MONSTRO DA MORNA


"Bana é um grande homem, um grande cabo-verdiano e um homem desta grandeza não morre, deixa obras que viverão eternamente. Bana projetou de tal modo Cabo Verde no mundo que é claramente um património nosso e da Humanidade.
Mais do que um busto, Bana poderá levar o nome de uma rua, de um edifício, de um património nacional. Mas acho que a maior homenagem que lhe poderemos prestar é elevar a Morna a Património Imaterial da Humanidade"
 
 
Foram com estas palavras que o Primeiro Ministro de Cabo Verde se referiu ao cantor cabo-verdiano Bana, falecido em Lisboa na sexta-feira passada, aos 81 anos.
 

PASSOS... (IN)SEGURO(S)

 
Seguro e Passos Coelho tiveram um percurso político paralelo.
Lideraram  as juventudes partidárias do PS e do PSD.
Enfrentaram as direcções dos respectivos partidos.
Têm tido um percurso ligado directa ou indirectamente ao partido/figuras do partido.
Atravessaram o deserto, depois de terem sido afastados.
Foram colocados no poder pelos aparelhos partidários.
Como disse José Miguel Júdice:

"O Passos Coelho e o Seguro são a mesma pessoa. São amigos, tratam-se por tu. Depois atacam-se em público como se fossem os maiores inimigos. Os políticos insultam-se todos os dias e fazem as pazes todos os dias".

Estaremos perto de saber se são duas faces da mesma moeda.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

PIANO STAIRS

FIM DE SEMANA
 


SEM STRESS
 
NÃO DEIXEM QUE VOS ROUBEM
O SORRISO,
 O AMOR,
A ALEGRIA DE VIVER
A VOSSA CONSCIÊNCIA
 
 
 
ESCADAS MUSICAIS - PIANO STAIRS
 
 
Na estação do metro de Odeplan em Estocolmo, Suécia,, cerca de 97% da população utilizava  a escada rolante.




Veja que uma simples idéia pode mudar uma vida, motivando as pessoas a fazer exercicios sem mesmo notar.




 


À CIDADÃ DRA ASSUNÇÃO ESTEVES

 
Dra Assunção Esteves, o poema de Mayakovski é para si.
Fiquei agradado com a sua eleição..
Por ser mulher.
Pelo seu trajecto de vida.
Pela sua postura.
Mas, ontem, foi infeliz!
Bastava-lhe ter pedido às forças de segurança para evacurem as galerias.
Também não  fica bem, à segunda figura do país, fazer aquela citação de Simone Beauvoir 
Não podemos deixar que os nossos carrascos nos criem maus costumes».
a escritora referia-se aos nazis e aquela gente apenas estava indignada com a política do governo

Não insultaram ningém.
Não puseram a integridade física dos deputados em perigo.
Exerceram o direito democrático de discordarem e em se manifestarem.
Exageraram?
Dificultavam os trabalhos da Assembleia?
Tinha como resolver a situação.
Mas a sra Presidente parece querer calar a voz dos indignados, dos que se insurgem,vedar o acesso às galerias.
Receio de quê sra Presidente?
Não têm os deputados o dever de responder perante os que os elegeram?
Não têm os eleitores o direito de questionar aqueles a quem confiaram o destino do país?

Deixo-lhe o video dos acontecimentos.
Reveja-o, não como Presidente da Assembleia da República, mas como cidadã.
Quero acreditar que foi apenas um momento menos bom.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

MAYAKOVSKI


 
imaagem de paginasclandestinas.blogspot.com


Na primeira noite, eles  aproximam-se
 e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,

pisam as flores, matam o nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles,

entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo,
 arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,

 já não podemos dizer nada.

- Maiakovski, poeta Russo.

CONCLUSÃO DO DISCURSO DO PR


 

 


 

ENTENDI O DISCURSO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA - LOL...

Li a mensagem do Presidente  República.

Entendi que esta política de degradação das condições de vida dos portugueses e de ruína de milhares de pequenos e médios empresários é para continuar.

Entendi  que se deve governar, não para os portugueses, mas para os mercados, o FMI, a Troika, os acordos externos.

Entendi que as pessoas, os portugueses, não são actores deste filme da vida real, mas mero figurantes.

Entendi que não vivemos em democracia porque, em democracia, os resultados das eleições são para se respeitar desde que o governo cumpra o seu programa eleitoral ou não esteja a arruinar o país e a condicionar,várias gerações de portugueses.

Entendi que não vivemos em democracia porque um governo sem base social de apoio é perpetuado, artificialmente, no poder pelo Presidente de República.

Entendi que não vivemos em democracia porque o presidente da República recusa eleições, já que estas alterariam radicalmente a composição da Assembleia.

Entendi que não vivemos em democracia porque o Presidente da República quer que a sua "democracia" se cinja a três partidos num acordo a "médio prazo", sem ouvir os portugueses.

Não me interessa se quem governa é  este governo ou  um outro de convergência tripartidária e de salvação nacional.

Não me interessa quem vai governar, com as regras do Presidente, porque o que está em causa, não é quem governa, é a continuidade  desta política que nos lança na miséria, na destruição do tecido produtivo da nossa economia e nos deixa sem futuro.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

SRS MINISTROS FALEM VERDADE QUANDO DIZEM QUE AS PENSÕES ESTÃO EM RISCO.

 

O Fundo de Estabilidade Financeira da Segurança Social (FEFSS) é um fundo  financiado com os descontos feitos nos salários dos trabalhadores, com o objectivo de constituir uma reserva que garanta o  pagamento das pensões durante dois anos, face a qualquer dificuldade temporária da segurança social.
 
Este fundo tem vindo a ser utilizado para reduzir artificialmente a dívida pública portuguesa.
 
Neste momento, o valor do FEFSS corresponde apenas a 12,5 meses do valor das pensões do regime contributivo, e 45,2% dele, já estão aplicados em divida pública portuguesa.
 
 O governo, através de legislação já publicada,  pretende aumentar aquela percentagem para 90%, o que aumentará o risco de perda de um valor significativo em situação de um mais que provável,novo resgate.
 
Por alguma razão, Uma das regras geralmente usadas na gestão de dinheiro é a de "não pôr todos (ou quase todos) os ovos no mesmo saco".
 
Srs Ministros falem a verdade quando dizem que as pensões estão em perigo.
 
 
 

terça-feira, 9 de julho de 2013

A IGREJA E A CRISE


D. Manuel Clemente o recém-empossado patriarca de Lisboa, tem criticado a forma como o Governo aplica as medidas de austeridade, agora foi a vez do porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa  alertar para que as crises prejudicam sobretudo os endividados, os desempregados, os que têm pensões de pobreza ou miséria.

São palavras de altas figuras da Igreja Católica, não de sindicalistas, de dirigentes do PCP ou do BE e que esta coligação governamental ignora.

RANKING DAS ESCOLAS - UM MITO

Chega a época dos exames e o ranking das escolas volta à primeira página da imprensa.
Em 2012,no exame de  Matemática do 12º ano, a escola pública com os melhores resultados apareceu na 26ª posição.
A conclusão  imediata, que quem lê estes resultados tira, é que o ensino privado é de melhor qualidade, para além de ser menos oneroso do que o público, conforme é tão propalado pelo governo.
Vejamos....
O ensino privado tem custos menores, mas não contabiliza professores do ensino especial para alunos com necessidades educativas, salas de estudo, apoios  (que por vezes não são valorizados pelos alunos e encarregados de educação, é verdade) e atividadades extra-curriculares gratuitas.
Tudo isto é pago, extra mensalidade, nas escolas privadas.
Quanto aos resultados escolares, começo por referir que nos colégios privados estão alunos de estratos sociais favorecidos, para quem a escola tem um significado cultural e de reprodução social e que os pais podem pagar explicações para que os seus educandos possam não só ultrapassar dificuldades como para alcançarem resultados de excelência.
Os colégios, por sua vez, descartam os alunos com maus resultados para que nos exames, esses alunos não contribuam para baixar as médias.
Dou um exemplo de duas escolas ficticias em que se pode ver como com um mau resultado no exame pode alterar significativamente a média.


 

Escola A

Escola B

Escola A com um aluno muito fraco

Escola A com um aluno fraco

Resultados no exame

16

16

16

16

14

13

14

13

13

13

13

13

13

10

13

10

 

 

4

9

Média

14

13

12

12,2

Há boas escolas privadas, como há boas escolas públicas.
Há más escolas públicas, como há más escolas privadas.
Mas a média de um exame, por si só, não pode constituir um elemento significativo relativo á qualidade do ensino ministrado.




 


segunda-feira, 8 de julho de 2013

CARTA DE RUI DE CARVALHO AOS GOVERNANTES (continua actual)


 
 
Rui de Carvalho é um actor que muito admiro, pelo seu percurso profissional,pela sua participação cívica, pelo que nos presenteou culturalmente.
Há cerca de um mês e meio, MAS MANTÉM-SE ACTUAL, publicou uma carta aos nossos governantes, pela desconsideração e falta de respeito pelos actores e outros artistas portugueses e por conseguinte, pela cultura, a alma de um povo.
Não o conheço pessoalmente, não lhe pedi autorização, mas  com todo o respeito, publico a sua carta pois não seria capaz de escrever sobre a situação, melhor do que ele o fez.
 
“Senhores Ministros:
Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos -, e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.
Vivi a guerra de 39/45 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.
Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.
Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.
Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor…e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas destes país - colegas que muito prezo e gostava de poder defender.
Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante.
Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?
Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.
Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa. Estamos a reduzir tudo a zero... a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.
É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!
É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.
É lamentável que o senhor Ministro das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com direitos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de Exel ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.
Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride, nem é o facto dos senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.
Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já. Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito... porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!”

RUY DE CARVALHO

domingo, 7 de julho de 2013

CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE JOÃO VILLARET


JOÃO VOLLARET (1913-2013)

A Comuna Teatro Experimentala tem em cena um espetáculo de homenagem a João Villaret no ano do centenário do seu nascimento.
 "Um espectáculo que recria os grandes números que o actor João Villaret criou em vários espectáculos de revista e também alguns dos poemas originais que foram escritos para o actor por António Botto, António Lopes Ribeiroe ainda alguns poetas que Villaret revelou ao público português através dos seus inesquecíveis recitais
João Villaret foi pelo seu talento, o seu rigor, a sua grande exigência e, sobretudo, pelo grande amor que tinha pela língua portuguesa uma figura fundamental da cultura portuguesa do século XX, que soube, como muito poucos, dignificar a actividade do actor em Portugal e dar-lhe uma dimensão ímpar no panorama teatral português de então."

Em tempo de crise a entrada é 5 euros.

PAULO PORTAS "O CARRASCO"


 

Paulo Portas viu recompensada a sua estratégia, nada elogiável, por sinal, ao ser promovido para segunda figura do governo e ficar com a coordenação da área económica e com o dossier troika, para além da Reforma do Estado que deveria ter sido apresentada e fevereiro e felizmente não foi.
 
Quanto custou esta manobra de diversão de Paulo Portas?
A Bolsa portuguesa perdeu 2,4 mil milhoes de euros num só dia.
Os juros da dívida pública dispararam...
 
Se a visão política  de Paulo Portas e Passos Coelho era tão incompatível que levou ao divórcio político, como interpretar a promoção do líder do CDS/PP?
Como pode um dossier nevrálgico para os portugueses, como são as negociações com a troika, ser coordenado pelo líder do partido minoritário(11,7%)?

Quem vai governar Portugal? 
PSD ou CDS/PP?
Portas ou Passos Coelho?

E quanto à, sempre adiada, Reforma do Estado até me arrepio com o que aí virá....
Terá a chancela PP. 
Destruição do estado social, degradação do Serviço Nacional de Saúde e da Escola Pública...
Desemprego na função pública....
Rendimentos dos pensionistas cada vez mais depauperados...
Salários cada vez mais  baixos....
É o empobrecimento da classe média!