sábado, 12 de julho de 2014

NEGÓCIOS DA FAMÍLIA ESPÍRITO SANTO

Onde reside o problema da família Espírio Santo para além das guerras familares?
Na Espírito Santo Internacional com perdas incríveis em Angola, onde perderam o rasto de créditos no valor de 5,7 mil milhões de dólares e na Rioforte que é uma sociedade de investimentos do Grupo Espírito Santo vocacionada para administrar de forma dinâmica activos não financeiros. Geograficamente distribuem-se por Portugal, Espanha, Brasil, Paraguai, Angola, Moçambique e Congo-Brazaville, entre outros países, onde actuam em distintos sectores da economia.
A queda na bolsa do BES deve-se a não se conhecer a exposição do BES as estas empresas e que perdas se repercutirão nesta instituição bancária.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

BES À BEIRA DO ABISMO



Depois de peder 600 milhões em quatro horas, o Banco de Portugal definiu um Plano para evitar o desastre:

1.Tirar o BES do contágio dos problemas do GES;
2.Garantido um aumento de capital que absorva as perdas, prever já a possibilidade de outro;
3.Afastar da gestão a família Espírito Santo;
4.Mudar para uma nova liderança, credível;
5.Assegurar, se necessário, o acesso à linha de recapitalização já usada por BCP, BPI e Banif.

O Banco central já põe a possibilidade da disponibilização de seis mil milhões de euros do fundo de recapitalização da banca, criado pela troika no início da crise.

Mais uma vez os merstres das finanças vão gozar uma reforma de luxo enquanto os portugueses vão pagar-lhes as dívidas que deixaram, com a degradação da escola pública, o aniquilamento do Sistema nacional de Saúde, os cortes nas reformas e nos vencimentos da função pública, o desemprego, as falências das pequenas e médias empresas e uma vida sem futuro para os nossos filhos e netos que queiram continuar em Portugal


quinta-feira, 10 de julho de 2014

A REFORMA DO "DONO DISTO TUDO"

 
 

Era conhecido nos meios financeiros como "O Dono Disto Tudo".
Entre outros cargos é ou foi presidente da Comissão Executiva e vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, membro do Conselho Superior do Grupo Espírito Santo.  presidente do Conselho de Administração do Espírito Santo Financial Group (sedeado no Luxemburgo) e do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI), administrador do Espírito Santo Bank of Florida (EUA), da E. S. International Holding (Luxemburgo), da Espírito Santo Resources (Bahamas), do Banque Privée Espírito Santo (Suiça) e do Banque Espírito Santo et de la Vénétie (França).

 Pelas funções que desempenhou, é responsávelpelo buraco financeiro de 7,7 mil milhões de euros e da falência do grupo Espírito Santo, com repercussões que ainda iremos ver na economia portuguesa.

Como prémio, vai receber uma reforma anual de 900 000 euros e seguro de saúde vitalício, de acordo com as regras emanadas do governo das sociedades do BES.

No fundo qual é a principal ameaça para a credibilidade financeira do país? O despesismo do Estado Social   ou os desvarios dos mestres do sistema financeiro?
in www.insurge-te.blogspot.com

quarta-feira, 9 de julho de 2014

SUBMARINOS, GRUPO ESPÍRITO SANTO E GRUPOS POLÍTICOS


Três meses depois do contrato de aquisição dos submarinos ter entrado em vigora RSCOM UK, sociedade do grupo Espírito Santo transferiu 19 milhões de euros para uma conta desconhecida no BES Cayman, filial do BES sediado no paraíso fiscal das ilhas Caimão.
A operação, que aparece referida nos autos do processo dos submarinos, em investigação no DCIAP, ocorreu na mesma altura em que foram realizados vários depósitos, num valor superior a um milhão de euros, numa conta do CDS-PP num balcão do BES, o que reforça a suspeita de pagamento de subornos no negócio. O DCIAP suspeita que a Escom UK tenha recebido do consórcio alemão 30 milhões de euros, que terão sido usados para "pagamentos indevidos e como contrapartidas a decisores políticos e a grupos políticos envolvidos nas negociações".

terça-feira, 8 de julho de 2014

SUBMARINOS: JUSTIÇA ALEMÃ


Dois antigos gestores da Man Ferrostall admitiram, em tribunal, terem subornado funcionários públicos na venda de submarinos a Portugal e Grécia.  Estes dois gestores foram condenados a dois anos de prisão com pena suspensa por terem colaborado com a Jutiça e a empresa condenada a empresa a pagar 140 milhões de euros.
Neste processo, se há corruptores teve de haver alguém que se tenha deixado levar pelo cheiro do dinheiro, em Portugal e junto das altas esferas do governo.
Será que haverá alguém que acredite que o ministro da Defesa, Paulo Portas e o primeiro-ministro Durão Barroso terão assinado o contrato apenas seguindo a opinião do consul geral em Munique?
Mas em Portugal, a justiça só é célere e punitiva para alguns. Entretanto, há uma comissão e inquérito na Assembleia da República  e sabemos como estas comissões têm trabalhado....

segunda-feira, 7 de julho de 2014

SUBMARINOS DE PORTAS: DIÁRIO DO CONSUL ADOLFF


Jürgen Adolff ,foi entre 1994 e 2010 foi consul honorário de portugal em Munique e e foi julagado e condenado na Alemanha por corrupção no âmbito do contrato de compra de submarinos. 
Segundo as autoridades alemãs, o ex-cônsul honorário, com interesses empresariais no Algarve, terá recebido "luvas" para influenciar a decisão do governo Português na aquisição, em 2004, de dois submarinos a um consórcio alemão liderado pela multinacional Ferrostaal.
Esse dinheiro terá sido pago ao abrigo de um contrato de consultoria que iria garantir a Adolff 0,3% do montante envolvido nos submarinos - 880 milhões de euros.
Mas, em 2004, a Ferrostaal quis reduzir-lhe as comissões em 50 por cento. O ex-cônsul honorário não gostou e fez um relatório detalhado sobre a sua influência na decisão do Executivo de Lisboa, reclamando o pagamento na totalidade e acabou por receber mais de 1,6 milhões de euros pelos serviços prestados.

'Diário' do cônsul
10.06.1999 - Receção pelo embaixador de Portugal em Bona, Sr. Dr. João Diogo Nunes Barata. Conversa do Dr. Jürgen Adolff e Rita Adolff [sua mulher] com o Sr. Hanfried Haun, administrador da Ferrostaal e o vice Sr. Weisser. O Sr. Haun fala sobre a estagnação das pré-negociações com Portugal (...). Ele solicita apoio.
19.08.1999 - Telefonema do Sr. Haun por causa das propostas de contrapartidas e do meu encontro com o Sr. Dr. Veiga Simão (anterior ministro da Defesa).
2000 e 2001 - O Governo do Estado português (PS) não mostra um interesse prioritário nas negociações relacionadas com a compra de submarinos. Em especial devido a problemas orçamentais e à falta de uma solução de questões relativas ao financiamento.
05.07.2002 - Logra-se convidar o sr. Primeiro-ministro Barroso para Munique.
Conferência na Fundação Hanns Seidel [fundação política ligada ao União Social Cristã, da Baviera].
Organizo almoço a pedido do PM Barroso. Convido também o Sr. Haun. Promovi em especial a conversa entre o Sr. primeiro-ministro Barroso e o Sr. Haun.
Resultado: PM Barroso incumbe o Dr. Mário David [seu conselheiro] e a mim de continuarmos a acompanhar e a promover o assunto do GSC.
Comentário do Sr. Haun: Até agora nunca se negociou a este nível. Ainda à mesa, o Sr. Haun confirma honorários adequados. (...)
09.07.2002 - Proporciono um encontro a curto prazo entre o Dr. David e o Sr. Haun em Lisboa.
31.07.2002 - Sr. Haun comunica-me que estará em Lisboa a partir de 22.09.2002 e pede agendamento de novas reuniões.
24.09.2002 - O Sr. Haun comunica que discutiu, em Lisboa, o projeto de contrato para a compra e que esse foi bem recebido. Pede a intervenção a Dr. Jürgen Adolff para conseguir encontros com o ministro da Defesa, Dr. Paulo Portas, e com o ministro da Economia Dr. Tavares.
24.09.2002 - Carta enviada ao Dr. David. Acordada reunião para 03.10.2002 para proposta de financiamento. Marcada reunião com o ministro da Defesa, Dr. Paulo Portas.
03.10.2002 - Reunião sobre o ponto da situação negocial entre
Sr. Haun
Sr. Mühlenbeck
Dr. Jürgen Adolff
Sr. Rita Adolff
Seguiu-se encontro com Dr. Mário David em São Bento, residência oficial do primeiro-ministro, com o Sr. Philipp Schöller da International Defense Financing.
Apresentação extremamente importante que mostrou uma via (?) de que há maneiras de representar um financiamento neutro do ponto de vista orçamental.
Numa conversa subsequente com o Dr. David (conselheiro político do primeiro-ministro) pôde esclarecer que soluções idênticas também são possíveis com grandes Institutos (por exemplo, bancos).
Isso levou posteriormente, na sequência da elaboração de um conceito adaptado e refinado, a convidar 10 bancos internacionais e, finalmente, à escolha dos dois bancos financiadores, o Credit Suisse e o Espírito Santo.
10.01.2003 - Dr. Jürgen Adolff informa o Sr. Haun de que vem a Lisboa uma delegação francesa de alto nível.
Uma vez mais, Dr. Jürgen Adolff, aconselha veementemente a apresentar, num curto prazo, um conceito de financiamento adequado (orçamentalmente neutro) para cerca de 4 a 5 anos sem exidibilidade do pagamento.
07.02.2003 - Buscar o ministro da Defesa ao aeroporto de Munique para a Conferência de Segurança. Durante a viagem entre o aeroporto e o hotel, cerca de 40 minutos, conversa a dois. Entre outros assuntos, também sobre submarinos.
08.02.2003 - Buscar ministro Paulo Portas ao hotel.
Participação [de Portas] na Conferência de Segurança. Conhecido statement do ministro Paulo Portas a favor de [Donald] Rumsfeld contra [Joshka] Fischer relativamente à guerra do Iraque. (...)
Conversa entre o Dr. paulo Portas e o então presidente da Comissão de Defesa da Alemanha.
09.02.2003 - Pequeno-almoço com a delegação portuguesa no hotel e aconselhamento sobre a reação da imprensa ao statement do Sr. ministro Paulo Portas. A minha proposta foi a de acalmar os ânimos com o contrato dos submarinos. Conversa entre o Dr. Paulo Portas e o presidente da Comissão de Defesa da Alemanha, intermediada por mim.
25.09.2003 - GSC ganha o concurso.
11.11.2003 - É tornada pública a decisão pelos submarinos alemães.
19.02.2004 - (...) Sr. Haun pediu ajuda. Negoceia, há semanas, com subalternos, sem qualquer progresso. (...) Prometo esmerar-me.
21.02.04 - Assinatura oficial dos contratos (...).
Contrapartidas significativamente simplificadas. Não é necessária a participação nos Estaleiros de Viana do Castelo