sexta-feira, 11 de outubro de 2013

PARTIDOS RECEIAM CANDIDATURAS DE LISTAS DE CIDADÃOS INDEPENDENTES

 
Os partidos politicos  mostram-se muito receosos quanto à candidatura à Assembleia da República, de grupos de cidadãos independentes organizados em listas.
Concordo que a existência de partidos é fundamental no regime democrático mas isso não impede a candidatura de cidadãos fora das listas partidárias.
Para se candidatar como independente na lista de um partido, tem de haver alguma afinidade entre partido e candidato e, por sua vez, aqueles também  limitam estas candidaturas.
Estas candidadturas independentes só surgem se os cidadadãos se mostrarem descontentes com a atuação dos partidos no seu círculo eleitoral.
Quantos dos deputados deixaram de visitar o círculo eleitioral pelo qual foram candidatos para procurar conhecer as suas reais necessidades de intervenção nos orgãos de poder ,em prol dos seus eleitores?
Os partidos que mudem a sua forma de fazer política.
Os seus dirigentes têm consciência do descontentamento dos portugueses quanto aos partidos.
Os portugueses deixaram de acreditar nos políticos.
Estão saturados da corrupção, do compadrio, de promessas vãs.
E os políticos receiam que esse descontentamento se reflita nas urnas.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

FARINHA DO MESMO SACO - CORTE NAS SUBVENÇÕES DOS POLÍTICOS


 
O líder parlamentar do PS manifestou-se hoje a favor da proposta do Governo de cortar em 15 por cento as subvenções vitalícias dos titulares de cargos políticos, embora admita que a medida possa ter caráter retroativo.
"Trata-se agora de reduzir as subvenções dos titulares que já tinham adquirido esse direito à data da revogação (2005)"
Carlos Zorrinho admitiu que a retroatividade destas subvenções "poderá conter um pouco esse princípio".
 
 
É este o líder parlamentar do partido que quer vir a ser governo?
Fala de "direitos adquiridos", de "conter um pouco"
Nem  se indigna com o corte ser só de 15%.
 
E as pensões e os salários da função pública  não seriam um direito adquirido?
que percentagem dos salários e das pensões já perderam os pensionistas e os funcionários públicos?
 
Como se atreve a falar com paninhos quentes sobre o corte das subvenções?
 
Tudo farinha do mesmo saco.
 
 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

EDITH PIAF

 

Piaf recebeu o nome de Édith em homenagem a uma enfermeira britânica da Primeira Guerra Mundial que foi executada por ajudar soldados franceses a escapar dos alemães. Piaf, um nome coloquial francês para um tipo de pardal, foi um apelido dado a ela vinte anos depois.

Édith foi descoberta cantando na rua da área de Pigalle por Louis Leplée, dono de um cabaret, em Paris. Foi ele quem a iniciou na vida artística e a batizou de "la Môme Piaf", uma expressão francesa que significa "pequeno pardal" ou "pardalzinho", pois ela tinha uma estatura baixa (1,42m). Lepleé, vendo o quão nervosa Piaf ficava ao cantar, começou a ensinar-lhe como se portar no palco e disse-lhe para começar a usar um vestido preto quando se apresentasse, vestuário que mais tarde se tornou sua marca registrada como roupa de apresentação.

Faleceu em 10 de outubro de 1963, aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida.

MAIS AUSTERIDADE

 

A política de austeridade do governo Passos & Portas vai continuar.
O desemprego de longa duração representa 60% do total dos desempregados e a taxa de desemprego no primeiro semestre do ano ficou nos 17,1% da população ativa, uma percentagem que dispara para os 24,6% na faixa entre os 15 e os 34 anos.
Duas gerações a serem causticadas.
Portugal investe na educação e na formação de quadros técnicos especializados e quadros superiores
para , agora, lhes apontar a porta de saída e  serem outros países a beneficiar do seu conhecimento.
Um novo alvo foi descoberto pelo governo, as pensões de sobrevivência.
Esquecem-se de que é com essas pensões que muitos pensionistas ajudam os filhos e os netos desempregados e lhes permitem levar a vida com alguma dignidade.
Mas, os antigos alvos mantêm-se para estes franco-atiradores.
Novo corte nos salários dos funcionários públicos.
A pauperização destes funcionários e dos pensionistas traduzem-se numa quebra do rendimento disponível para o consumo.
Sem consumo, não haverá aumento de investimento, haverá mais falências e mais desemprego.
Por conseguinte, baixa a receita fiscal.
O défice aumenta.
O ciclo repete-se.
Este governo chegou ao fim.
Não apresenta soluções.
Agrava a crise.
E o sr Presidente da República não pode ter dois discursos.
Um para o exterior e outro para dentro.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

RUI MACHETE DEVE PEDIR DESCULPAS AO PAÍS (IN PÚBLICO)


Pode até ter sido uma frase infeliz. Uma gaffe. Algo que se afirma sem ter a noção imediata das implicações.
Mas a diplomacia e a separação de poderes não estão no âmbito das gaffes ou da infelicidade discursiva. Seja lá o que isso for.
E o primeiro-ministro, Passos Coelho, não pode minimizar dessa forma uma entrevista de Rui Machete que não envergonhou apenas o Governo: envergonhou o país inteiro.
Se Rui Machete não se demitiu, o primeiro-ministro tem a obrigação de o demitir.
E não é por se tratar de Angola.
É por um ministro dos Negócios Estrangeiros comentar um processo judicial, algo que não pode fazer.
É por um ministro dos Negócios Estrangeiros pedir desculpa por esse processo judicial existir.
É por um ministro dos Negócios Estrangeiros lamentar que “não está nas [suas] mãos” (do Governo) evitar esse processo em curso contra altas figuras do regime angolano.
E muito menos falar sobre o estado em que está esse processo. E sobre essa matéria nem sequer é relevante que Rui Machete tenha ou não pedido informações à Procuradoria-Geral da República.
Rui Machete afirmou que “não há nada de substancialmente digno de relevo, e que permita entender que alguma coisa estaria mal, para além do preenchimento de formulários e coisas burocráticas”.
É inadmissível.
Serão os magistrados do Ministério Público indivíduos que investigam sem tocar “em coisas dignas de relevo” e que preenchem “formulários e coisas burocráticas”?
Pode não ter sido essa a intenção.
Mas Rui Machete passou uma imagem de subserviência do Governo português face a Angola.
Mesmo que não tenha sido o primeiro a fazê-lo quanto ao regime de Luanda.
Passou da Justiça do seu país a imagem de uns indivíduos que preenchem formulários, quiçá copiando-os a papel químico.
Ora, ninguém passou cartão ao ministro dos Negócios Estrangeiros para envergonhar a Justiça portuguesa e o país…
A tudo isto o primeiro-ministro reage afirmando tratar-se apenas de uma infelicidade?
“Ninguém pode ficar diminuído politicamente por ter tido uma expressão infeliz”, disse Passos.
Não há dúvida de que o que se passou foi uma infelicidade. E também não há dúvidas de que poucas coisas diminuem tanto politicamente alguém como as frases infelizes.
O primeiro-ministro fez de conta que não se passou nada, quando a sua obrigação era ter exigido ao ministro dos Negócios Estrangeiros que se demitisse.
Ao contrário do que Passos Coelho afirmou, há um problema político e um problema ético nas palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros.
Há uma mistura nada diplomática entre a Justiça e os negócios do Estado.
O ministro dos Negócios Estrangeiros não tem condições para continuar no cargo.
Permitir que isso aconteça é dizer que a indiferença e a subserviência contam mais do que a ética e a decência.
Rui Machete pediu desculpas a Angola. Mas é a Portugal que ele deve um pedido de desculpas.

Miguel Gaspar
IN PÚBLICO

AMÁLIA RODRIGUES


Tornou-se conhecida mundialmente como a Rainha do Fado e, por consequência, devido ao simbolismo que este género musical tem na cultura portuguesa, foi considerada por muitos como a A sua embaixatriz no mundo.
Marcante contribuição sua para a história do Fado, foi a novidade que introduziu de cantar poemas de grandes autores portugueses consagrados, depois de musicados. Teve ainda ao serviço da sua voz a pena de alguns dos maiores poetas e letristas seus contemporâneos, como David Mourão Ferreira, Pedro Homem de Mello, Ary dos Santos, Manuel Alegre, Alexandre O’Neill.
Há 14 ano que canta e encanta num mundo de sonhos...