terça-feira, 16 de julho de 2013

ALTERNATIVA À ESQUERDA

 
O compromisso de salvação nacional do Presidente da República, mais não é que o prolongar desta política selvagem, que desconhece o significado da solidariedade social e sem uma visão humanista da sociedade .
 
Ao líder do Partido Socialista, faltou-lhe a coragem para recusar  compromissos e romper com uma visão política  que tem conduzido à destruição da economia, ao aumento do desemprego, ao empobrecimento dos trabalhadores e dos pequenos e médios empresários e à perda da soberania.
 
Deveria ter sido o PS a avançar para uma alternativa a este governo, com propostas concretas a apresentar aos seus parceiros de esquerda, não escamoteando a degradação económica do país. Propostas  de  relançamento da economia, de  uma política fiscal e de promoção do emprego.
 
Mas não foi assim que aconteceu. Foi o Bloco de Esquerda a tomar a iniciativa.
E é de saudar essa iniciativa.
 
O PS, por sua vez, não pode estar a jogar em dois tabuleiros, em simultâneo.
Tem de se definir, sob o perigo de ver o seu líder ser emulado no incêndio ateado pelo PR, ao ser co-responsável pela implosão do estado social, pelo desemprego, pelas falências, pelo desespero das famílias, pela emigração dos jovens, pelo país de velhos em que nos tornaremos, por um país sem futuro.
Quanto ao Partido Comunista, tem de ser mais flexível e não excluir, à partida, o PS das negociações. Quanto mais não seja, para os socialistas se definirem.
 
 Será impossível inverter o rumo desta política, sem o Partido Socialista, pela forma como os portugueses votam.
Compreendo o que os comunistas dizem. Mas, às vezes tem de se dar um passo à retaguarda para depois se dar dois passos em frente.
E os portugueses precisam desses dois passos em frente.

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