sábado, 17 de agosto de 2013

VOLTA A PORTUGAL EM BICICLETA


Vai decidir-se, hoje, no contra-relógio o vencedor da Volta a Portugal em ciclismo.
Fico a torcer para que o vencedor seja um português , Rui Sousa, um excelente ciclista que aos 37 anos, terá provavelmente a última oportunidade de se sangra vencedor desta prova.
Cresci, no tempo em que o ciclismo era o desporto mais popular a seguir ao futebol.
Na véspera das míticas etapas da Sra da Graça e do Torre, milhares de adeptos do ciclismo acampavam ao longo da escalada, confratenizando e escrevendo, pela rampa acima, o nome do seu ciclista de eleição, para assim lhe dar alento e forças renovadas para continuar a pedalar.
Á  passagem dos ciclistas, não se continham, corriam lado a lado com os ciclistas, que passavam em pequenos grupos, gritando o nome do seu ciclista preferido e, alguns, não resistindo, empurravam-nos pelo selim ou deitavam-lhes água para se refrescarem.
Na rádio, os quilómetros finais eram relatados, em direto, e eu punha-me a visualizar o que se estava passando na estrada.
Era o tempo de Peixoto Alves, Francisco Valada, João Roque, Joaquim Agostinho, Américo Silva, Fernando Mendes, Jorge Corvo, Herculano Oliveira, Firmino Bernardino, Venscelau Fernandes e tantos outros.
A camisolas do Benfica, Sporting e Porto andavam na estrada e ao ciclismo devem muito da sua popularidade. 
Naquela altura, o doping dava pelo nome de anfetaminas.
Hoje, mais sofisticado, sempre á frente dos meios que os detetam, põem em risco o desportista e o homem.
Mortes por paragem cardíaca, depressões que levam ao suícidio.... o ciclismo está a suicidar-se.
Os patrocinadores exigem vitórias, os ciclistas procuram dar-lhas a qualquer preço e os primeiros demarcam-se quando a coisa dá para o torto e abandonam a modalidade.É urgente que a UCl, os ciclistas, diretores desportivos, médicos, patrocinadores e organizadores das competições se entendam.
As provas não podem ser tão duras  e longas  e é necessário rever o que os ciclistas podem tomar que os ajude a recuperar, mas não falseie a verdade desportiva, nem ponha em perigo a saúde do atleta.
Os patrocinadores têm, de entender que só um pode vencer.

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