segunda-feira, 12 de agosto de 2013

PARA ONDE VAI A EDUCAÇÃO?


O próximo ano letivo será marcado pela desorganização e degradação do ensino público.
A política do governo Passos & Portas de cortar, cortar, cortar sem a mínima preocupação em manter a qualidade do ensino nas escolas públicas, é socialmente criminosa.
O aumento do horário e a burocratização do serviço docente, fará com que a essência da profissão docente seja subalternizada relativamente ao trabalho burocrático.

O aumento do número de alunos, por turma, impede a realização de um trabalho pedagógico de qualidade, personalizado com diversificação de estratégias que vá ao encontro do ritmo das aprendizagens dos alunos, quer dos que apresentam dificuldades quer dos que apresentam um potencial de aprendizagem mais elevado.

A incerteza que se vive na educação, traz os professores sem a tranquilidade emocional necessária para quem lida com jovens e vive os seus problemas,  leva trabalho para casa e vê tantos fins de semana  serem passados a corrigir testes, a preparar material pedagógico, preparar reuniões, elaborar atas e relatórios e a pôr em dia o seu trabalho de direção de turma, já que as horas atribuídas são insuficientes para o fazer com sentido de responsabilidade e ética.


As escolas vêem-se sem autonomia para aceitar matrículas ou abrirem cursos que dêem resposta à sua população escolar. Vêem serem postos entraves ao cumprimento da lei, como no caso das crianças que farão 6 anos entre setembro e dezembro e que poderiam inscrever-se no 1º ano. Escrevi, poderiam, porque o ministério da educação não deu autorização para se inscreverem, nas situações em que implicasse a contratação de um novo professor.



As escolas estão também a serem privadas de auxiliares de ação educativa, sempre que o seu número ultrapasse um determinado rácio, não atendendo à especificidade de cada uma.

São todas estas situações e outras mais que poderia enumerar que me faz não agoirar algo de bom para 2013/2014.

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