domingo, 10 de novembro de 2013

CRATO - MINISTRO CARA DE PAU

É preciso ter cara de pau para o ministro da educação ter afirmado, após conhecimento do ranking das escolas, que há muito a mudar nas escolas portuguesas.
Como se o mal estivesse nas escolas, na direção, nos professores, na comunidade.
É uma atitude autista ao querer ver o mal que fez com a guerra que  declarou aos sindicatos em época de exames.
Uma birra com custos elevados.
Como elevados são os custos desta política educativa de menorizar a escola pública.
Apesar, da degradação das condições de trabalho, do esforço exigido aos professores em tarefas que nada têm a ver com o trabalho com os alunos, estes entram na sala de aula,  esquecem tudo e trabalham com a mesma intensidade e paixão.
Pelos alunos, não pela equipa ministerial.
Mas. os professores são, cada vez mais, professores por vocação e com a sensibilidade que este governo não tem, para os problemas sociais.
Professores que estão atentos aos dramas sociais das famílias e que não olham para o lado.
E o sr ministro o que tem feito?
Criar instabilidade nas escolas.
-    com o novo estatuto do ensino privado, não obstante todo o escândalo que tem envolvido o seu financiamento público
-  com o programa de despedimentos disfarçado sob a capa de rescisões amigáveis
-  com a prova de acesso à profissão, criada para afastar professores da profissão, depois de terem sido afastados das escolas.

E pedagogicamente, o seu labor, sr ministro, não tem sido de excelência:
- aumento do número de alunos por turma;
- redução dos apoios aos alunos;
- restrição à abertura de turmas, não obstante a tão propalada autonomia das escolas;
- eliminação de disciplinas não curriculares fundamentais para a formação integral dos jovens, sem um estudo prévio que justificasse esta decisão
- professores com quatro, cinco e seis níveis de ensino
- alteração dos programas curriculares quando, em português e matemática se estava a verificar uma melhoria dos resultados nos exames
- impossibilidade de desenvolver um trabalho colaborativo entre os professores, indispensável à melhoria da qualidade de ensino.


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