sábado, 7 de setembro de 2013

O ESTATUTO DO ENSINO PARTICULAR E COOPERATIVO



A aprovação em conselho de Ministros do Estatuto do Ensino Privado e Cooperativo, trouxe para a ordem do dia, a discussão ensino público/ensino particular.
Penso que os dois podem coexistir.
Quem quiser matricular o filho no ensino privado, tem todo o direito de o fazer. Pague-o.
Não que o ensino particular seja melhor que o ensino público....
Com respeito, pelos profissionais que lecionam no privado, a qualidade do ensino público é, no geral, superior e a oferta escolar é maior.
Nada tenho a dizer, quanto aos subsídios por turma e aos alunos carenciados que frequentem o ensino particular e cooperativo, se na sua área de residência não houver oferta de ensino público.

Aqui, é que se começa a ver "gato escondido com rabo de fora".

Se pensarmos na dificuldade que os Diretores tiveram para abrir mais turmas do que aquelas que lhes foram atribuídas, nas reuniões para definição da rede escolar,  de forma a dar resposta ao pedido de matrículas, já podemos imaginar o que por aí virá.

Ao limitar o número de turmas que os Diretores estarão autorizados a abrir, mesmo que a escola tenha capacidade para receber mais alunos, o Ministério empurra os alunos para o ensino privado e garante a  sua rentabilidade financeira

Mas as pretensões dos empresários do ensino anseiam ir mais longe.
Rodrigo Queiroz e Melo, presidente a AEEP, afirma esperar que os contratos passem a ser usados para apoiar não apenas alunos de famílias carenciadas que optam pelo privado, mas também “famílias da classe média”, porque, até agora, na prática, “os contratos simples só apoiavam famílias carenciadas”.

Reduz-se e degrada-se o ensino público e subsidia-se o ensino particular.

Transfere-se o dinheiro, dos cidadãos, do estado para o setor privado.

Serão os cidadãos, com os seus impostos a financiar os empresários do ensino.

Sem comentários:

Enviar um comentário