segunda-feira, 30 de setembro de 2013

UM OLHAR SOBRE AS ELEIÇÕES


As eleições autáquicas 2013 marcam o início da emancipação política dos portugueses em relação aos partidos políticos dominantes.
Em muitos concelhos e freguesias, movimentos de cidadãos descontentes com com as propostas dos partidos organizaram-se e apresentaram-se a sufrágio.

E conseguiram vencer as oleadas máquinas partidárias em concelhos importantes como Porto, Oeiras e Matosinhos. Ao todo, os independentes conquistaram 14 câmaras.
O Partido Socialista é o partido com mais câmaras e mais votos mas, a perda de câmaras para a CDU, em Évora, Beja, Loures e no distrito de Setúbal e em Matosinhos (para um independente), bastião socialista, zonas em que as populações estão muito causticadas com o desemprego e com uma acentuada degradação das condições de vida, é merecedora de uma reflexão.
A mensagem dos socialistas não passa e as eleições, em 2015, não estão ganhas.
Os votos nos socialistas são mais votos contra o PSD do que votos em Seguro e no projeto socialista.
O Partido Comunista surge ressuscitado, com mais força, a um nível que nunca tinha atingido desde 1997 e ganhou roubou espaço aos socialistas.
Por fim, a Madeira.
O fim do modelo jardinista, um modelo reacionário, caciqueiro e populista.
Foi um tsunami que quase varreu, por completo, o PSD do mapa autárquico do arquipélago da Madeira.
De realçar, ainda,  a derrota dos dinaussáurios que procuraram furar a lei do limite de mandatos, candidatando-se a outro concelho e as palavras do coordenador para as autárquicas do Bloco de Esquerda sobre a perda da câmara de Salvaterra de Magos, onde Ana Maria não pôde concorrer por ter feito três mandatos, " A lei é para ser cumprida, mesmo quando nos é desfavorável"

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